Olhei em frente, vi–me ao espelho… Dei a volta e lá estavas tu a segura–lo! Agradeci por me ver melhor, por olhar para mim, apesar de te esconderes
e de não me quereres ver de frente!
É esta a sensação de que o teu não, que te faz fugir de mim, me aproxima de mim, do meu orgulho, do meu medo de ouvir, do sentir que não, que não posso dizer: Tu nunca me dirás não!!!
... Cresci, chorei, implorei, desisti…
... Tenho mais medo da morte, tal o desespero, em achar que não vou ter mais oportunidades de te amar, de te dizer na cara:
amo–te, quero–te!
... Tenho medo que me obriguem a olhar para o espelho, aquele com quem amamos por detrás! Qual Alice que atravessa o espelho!? Qual desespero em te tocar!? Por mais que te queira ver, por mais que queira trespassar a tua imagem, mais sinto que te perdi!!!
... Quero amar, mas tenho medo, quero fugir, mas quero esperar por te ver!
Choro, grito milhares de porquês! Não escuto ninguém, mais alguém existe!? Não, só eu, só eu e o meu umbigo! Sussurro: Porquê eu, porquê eu e só apenas eu?!!?
... Não mereço,
pago a dor da autenticidade
que me cegou e me iludiu, mas sinto que não ficou nada por dizer,
que não ficou mesmo nada por dizer!
... Voltei-me para ti, gritaste para me calar, para me derrotar com o medo da incerteza, com o medo de que não há impossÃveis!!! E tudo isto para quê?! A realidade iludiu–me ou eu iludi–me com a realidade?!
... Tenho medo, mas coragem! Ainda aà estás?
13/ 09/ 2007
(O não dito e o não ouvido faz crescer, mesmo aos mais crescidos ou melhor faz-lhes falta!
Diz não, diz sim, diz.....) 31/03/2018
