Quando a maior prisão foi perder-me e nunca a encontrar...
- EMCARNEVIVA
- 19 de abr. de 2020
- 1 min de leitura
Confinado às amarras da perda,
da perda de algo que nunca cheguei a ter.
Tamanha a fantasia, a ilusão, a frustração, a...
O ter saudades do que nunca se teve,
querer tanto aquilo que se imagina,
querer tanto um toque e um olhar terno que entrelaça.
Vagueio na mais perigosa das celas,
aquela que não tem limites e fechadura,
aquela que me ofusca a respiração,
aquela que só me deixa viver o passado e o futuro,
aquela onde não me permito existir,
aquela... onde me perco sem nunca sequer me ter encontrado!
Corro por entre a multidão e o deserto,
perco-me no meu labirinto da ilusão,
mas da ilusão que não me faz desistir!
Por ela, por mim, por nós...
Procuro-a, procuro-me e o dia repete-se.
As horas são segundos e os segundos são dias!
Se num momento sou carcereiro, noutro sou prisioneiro,
mas não interessa!
Pois não liberto e nem sou livre.
Sou apenas mais um,
mais um que se perde e não se consegue achar.
Mais um que a procura, mais um que a deseja,
Mais um...
Permiti-me perder, vezes e vezes sem conta.
A sua imagem é a minha bússola,
o seu toque é o meu sorriso,
o seu olhar é o palpitar do meu coração
e o seu cheiro é o meu acordar.
Não quero máscaras, não quero mais distâncias,
quero apenas a encontrar,
apenas poder olha-la frente a frente e...
Beija-la, abraça-la e finalmente libertar-me!!!
Perpétuo?
Só a minha liberdade e o meu amor por ela!
18/04/2020

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