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Por todas as cartas de amor que escrevi...

  • Foto do escritor: EMCARNEVIVA
    EMCARNEVIVA
  • 14 de fev. de 2019
  • 1 min de leitura

Na adolescência era a timidez que me fazia sonhar e escrever.

Escrevia cartas intermináveis que começavam sempre por:

“Eu amo-te, eu...”

“Quando te vi, amei-te já muito antes!”

Era eu encarnação de Fernando Pessoa,

era isto que sentia e que só pela escrita conseguia exprimir.

Tinha medo de ouvir um não, tinha medo de...

“Quando te vi, pensei logo que jamais te amaria!”


Por todas as cartas de amor que escrevi,

por todo o amor que senti e escrevi,

por todo o amor que não vivi,

afinal, o que será o amor para mim?

O que sinto, mas não vivo?

O que sonho, mas não realizo?

O que digo, mas o que não me permitem viver?


Por todas as cartas de amor que escrevi...

Por todas elas e por todas que estarão para vir.

O amor escreve-se, o amor sonha-se, o amor vive-se, o amor...

O amor é uma carta com uma pergunta apenas,

com a tal pergunta:

Amo-me e amo-te, amas-te e amas-me?


Por todas as cartas de amor que escrevi,

em todas elas reinou o sonho e:

Se é pelo sonho que vamos,

hoje o que escrevo,

que seja mais uma carta de amor infinita,

para que nunca deixe de amar,

amar-me, libertar-me e sentir que estou vivo.

Que o meu coração é uma pena carregada de sangue com vida,

com vida carregada de amor recíproco e humanidade.


Por todas as cartas de amor que escrevi

e por todas as que estarão para vir,

o amor sonha-se e vive-se!


14/02/2019




 
 
 

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