A naturalidade do amor
em oposição à ânsia pelo amor.
A fragilidade do insistir,
à força do amor que se vislumbra num primeiro olhar,
num primeiro toque,
num leve e quente respirar.
Numa luta a dois,
quando se trata de amar, verdadeiramente,
nunca há feridos e derrotados,
apenas o amor vence.
Só ele pode vencer!
Tudo o resto?
Tudo o resto é forçar,
é esvaziar-se dos sentidos da vida,
daquilo para que fomos preparados:
O amor real e sincero!
Aquele que não necessita de palavras,
de lutas incompreendidas,
de mentiras e desculpas forjadas.
Não!
O amor é o oposto de tudo isso!
Acreditar tanto no amor,
mas ter que esperar tranquilamente...
E o tempo?
E a idade?
E o poder curativo do amor?
E o que tanto quero,
mas não encontro...
Perco-me sem nunca me ter achado!
É este o caminho?
Onde não há bússola que nos valha?
Perdido pelo amor ou perdido no amor?
Abandono quem me ama e sou abandonado por quem amo!
TerrÃvel dicotomia, escandalosamente dura e frustrante,
para quem quer amar quem não nos ama
e para quem é amado e não ama!
O amor é como uma montanha no mar ao pôr do sol.
Só o descobrimos na serenidade,
mas procuramo-lo em caminhos impossÃveis de escalar!
Como serenar, quando se ama amar e ser amado?
Como esperar, se na mortalidade de nós o amor nos torna imortais?
Perdido pelo amor ou perdido no amor?
25/08/2019
