Onde está o amor?
- EMCARNEVIVA
- 11 de dez. de 2019
- 1 min de leitura
E ele não saía do degrau da porta de casa.
Sentado, olhava para o fim da rua e...
não a via.
Sabia que ela apareceria.
Sorria lentamente e perguntava:
Onde está o meu amor?
Via as crianças brincarem
e sentia o coração calmo,
com uma ternura apaziguadora.
Não a via...
apesar de julgar a ter encontrado algumas vezes,
percebia que ela estava sempre por vir.
Sentia-a, sonhava-a, imaginava-a...
Onde está o seu amor?
Todos os dias se preparava,
todos os dias pensava que ela chegaria.
Parecia que tudo era terreno,
ao pé desse desejo,
desse sentimento,
desse: por vir.
Mas que nunca vinha,
mesmo que ameaçasse...
mesmo que...
Onde está o seu amor?
Entristecia, mas, cada vez mais,
a esperança aumentava,
o está por vir crescia,
a lágrima abraçava o sorriso,
a dor entrelaçava-se no: amo-te!
Olhava mais uma vez,
mesmo sabendo que não era hoje.
Mas podia ser amanhã,
podia ser, podia ser...
Onde está o seu amor?
E ele sentado no degrau da porta de casa.
O tempo passava vagaroso,
mas não tanto como a sua espera.
A espera pelo amor maior,
o amor, que desde a sua primeira paixão,
o fazia acreditar que viver,
que viver apenas se amarmos!
Se amarmos nem que seja no nosso último dia!
Onde está o seu amor?
Onde está...
Onde está, afinal, o meu amor?
E mais uma vez olhou para o fim da rua,
olhou, sorriu e... aguardou,
aguardou serenamente...
7/12/2019

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