Encontro-me em espera,
vivo com o seu olhar dentro de mim.
Encaro mais um dia como um sobrevivente,
como um estágio da vida que penso e aguardo.
O seu abraço envolve-me nos dias que desespero,
nos dias que conto o tempo que ainda falta,
e também o tempo que passou e que me faz falta.
Olho para tudo e todos,
vejo os seus olhos em todos os olhos,
vejo o seu toque em todos os toques,
vejo o seu silêncio em todas as palavras.
Vejo-a, sinto-a e digo e repito:
Estou contigo... sempre!
Sorrio e entristeço-me em simultâneo,
grito e calo-me em paralelo,
corro e caio num ápice,
encontro-me e perco-me,
perco-me, sem nunca querer me achar,
apenas ser achado e acha-la,
encontra-la e ser encontrado.
Continuo no estágio da vida,
dos beijos sem paixão,
dos abraços que imagino os dela,
mas que nunca o são.
O abraço e o beijo sublime,
o olhar profundo
e o silêncio que diz tudo.
Que diz tudo sem uma única palavra.
Da primeira noite,
do primeiro filho,
do primeiro...
Do primeiro: amo-te!
Amo-te...
Estou contigo... sempre!
24/01/2020
