Amanhã

Deixei-a no comboio, antes do anoitecer! Não veio à janela,

eu também não esperei! Mais tarde foi a vez dela,

de me recusar,

de nos recusar!

Quero esquece-la, tanto como a quero amar! Não me apetece mais nada, a não ser sonhar com tudo o que foi bom e que receio não voltar a ser!

O agora persegue-me, com todos os meus desejos do amanhã, com um sentimento de reclusão, que me afunda nos porquês do passado e no inesperado futuro!

Quero esperar,

apesar de não aguentar o: até amanhã! O: "só mais um dia!" ecoa na minha cabeça!! Quero desaparecer com os dias que vivi com ela, que a conheci… É o mínimo,

o mínimo que poderei fazer,

o mínimo pelo meu sobreviver!

Vivi, sonhei,

julguei com os meus olhos de apaixonado, quis acreditar na minha realidade!

... Para quando me convencer com a dela!!??

Não quero sobreviver, quero acreditar no amor, naquele que me deixa irracional, apenas com medo em a perder,

mas nunca,

nunca em me perder!

... Eu, tu ou o respirar!

24/ 09/ 2007

(A ficção mistura-se com a realidade, o passado com o presente... Adoro a vida e a naturalidade de sermos nós próprios! Sem dogmatismos e com muita reciprocidade nas relações! Luto pela saúde mental sadia!) 30/03/2018